Familiares atrapalham investigação sobre agressão de mãe contra filho tetraplégico

Delegado diz que parentes e outros envolvidos teriam dificultado contato da vítima com polícia
Familiares e pessoas externas estariam tentando atrapalhar as investigações sobre aagressão de Tilma das Graças Teles, de 53 anos, contra o próprio filho Brian Teles, que é tetraplégico, em Rio Acima, na Grande BH. Segundo o delegado responsável pelo caso, Esio de Jesus Viana, eles estariam até mesmo dificultando o contato da vítima com a polícia.Viana não passou a identificação dos possíveis envolvidos, mas ressaltou que eles serão chamados para prestar depoimento e que, até segunda-feira (13), 





"muita coisa" deve movimentar o inquérito. Ele acredita ainda que parte da família era omissa com relação ao que acontecia e que agora tenta acobertar a suspeita. Se isso for comprovado, eles podem responder por omissão. 
Depois de ser detida, na última terça-feira (7), Tilma foi ouvida pelo delegado, que classificou a mulher como "insensível".
— As declarações dela são de indiferença. Ela não vê o rapaz como filho.
O caso
Mãe e filho moravam sozinhos em um apartamento no bairro Jatobá. Para conseguir denunciar a violência, o jovem contou com a ajuda da própria agressora. Ele pediu para que ela instalasse um equipamento, alegando que queria ver um vídeo. A mulher não sabia, mas, na verdade, estava acionando a câmera que gravou a tortura.
Nas imagens Tilma aparece dando socos, tapas e até enforcando o próprio filho. O rapaz contou ao delegado que a relação dos dois era “normal” até dezembro de 2011, quando ele sofreu um acidente e ficou tetraplégico.
Segundo a polícia, a pena prevista para o crime de tortura é de no máximo dois anos, mas nesse caso, por envolver violência familiar e ter sido contra uma pessoa incapacitada, ela pode ser aumentada em até 1/3.
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