Você já deve ter percebido que nós somos contra qualquer tipo de assunto que diga para a mulher como ela deve ser ou, principalmente, como deve ser o seu corpo. A gente entende quão difícil é viver bem com você mesma sendo todo o dia bombardeada com matérias tipo essas:
Mas as coisas estão mudando. Não perdemos nosso foco, que é ~zoera~ da vida dos famosos para falar dos “supostos defeitos corporais deles”. Ou seja, vamos falar mal das roupas, dos novos cortes de cabelo, mas celulite, estria e gordurinhas não são do nosso interesse, porque não há nada de diferente nisso e, para nós, não é notícia. “Eventualmente a gente aborda mudanças de look, aparência, até porque são questões que interessam o público que lê sobre celebridades. Mas sem partir do pressuposto que engordar ou ter celulite seja algo necessariamente ruim ou condenável. Não é verdade que todo leitor de fofoca acha que uma mulher (ou um homem) fora dos padrões merece ser criticada por isso”.
Porque ser “imperfeita” é o mais normal
Nenhuma mulher se acha “feia”. É bem comum, de manhã, nos vestirmos, nos maquiarmos e sairmos para trabalhar com a aquela sensação maravilhosa, seja porque nosso vestido novo caiu bem ou porque aquele batom ficou ótimo com a nova tonalidade do nosso cabelo. Mas aí é sentar na frente do computador para trabalhar e ver que a “fulana exibe barriga negativa” ou que a “sicrana exibe celulite”. É claro que tais coisas não destroem sua autoestima por completo, mas são pílulas diárias te dizendo que vestir 44 não seria “o correto”. Mas qual o correto? Ser cheia de músculos? Sim, se for o que você quiser da vida. Se você quiser ser uma sarada musculosa, provavelmente vai gostar de treinos pesados e isso não será um sacrifício pra você!
E se assumir é diferente de “se aceitar”
Assumir o próprio corpo, conseguir tirar fotos em grupo ou mesmo de corpo inteiro pode ser um desafio para quem tem a autoestima balançada por se achar isso ou aquilo… Mas hámulheres que venceram ou conseguem vencer, na maioria do tempo, essa injustiça do mundo moderno “slim“. “No fundo, no fundo, quando eu me olhava no espelho, mesmo com 20kg a mais, eu sempre conseguia ver beleza no meu corpo”, conta a revisora e tradutora Hellen Guareschi. Hellen emagreceu os 20 quilos e conta que sua motivação foi encontrar roupas nas quais ela se sentia melhor. “As pessoas realmente acham que é ‘feio’ ser gorda, que teu corpo ‘parece defeituoso’ e aí você vai comer um Sonho de Valsa e parece que tá usando drogas. Todo mundo fala sobre tolerância, mas pessoas precisam primeiro tolerar a si mesmas”.
Aceitar?
Você pode estar pensando ao ler esse texto: “do jeito que você fala, parece fácil”. A gente sabe que não é nem um pouco. Tolerar a si mesma, como disse a Hellen, não significa “aceitar“. É muito comum ouvirmos das pessoas “ah, você tem que se aceitar, você tem um rosto bonito”. O que será que as pessoas dizem com “se aceitar”? Será que elas querem dizer que a gente é tipo uma criminosa e tem que aceitar que é bandida e deixar rolar?
É só se curtir. Entender que você tem celulite, estria e o que tem demais nisso?
Steph
Steph Cicliatti é uma mulher grande, lindíssima, com uma pele maravilhosa e tatuagens incríveis que vive no interior de São Paulo. Ela tem um blog, um case de maquiagem que faz a gente babar só de ver as fotos e um estilo só dela. E daí perguntamos: você se sente bem com o seu corpo, Steph? “Super bem. Eu não sei explicar exatamente o que mudou em mim, eu só parei de me preocupar em ser o que as pessoas acham que eu deveria ser e resolvi ver beleza em mim, do jeito que eu fosse. Gorda ou magra”. Steph chegou a pesar 150kg. Em seis meses, com exercícios e dieta balanceada, emagreceu 30. É viciada em academia, se alimenta bem e se define, sem problemas, como gorda.
A gente sabe e entende que não é fácil não se influenciar por matérias sobre barriga negativa, fulana exibe celulite e outras bobagens que inventam por aí, mas vá devagar, cuide -se, fique linda e, principalmente, fique firme!
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