Brasileiro condenado à morte quer ser exemplo para jovens, diz amigo

Marco Archer Cardoso Moreira, o brasileiro condenado à morte na Indonésia por tentar entrar com drogas no país, quer se tornar um exemplo para os jovens brasileiros que pensarem em fazer a mesma coisa que ele, contou um amigo seu ao G1.
Produtor de filmes como "Tropa de elite" e sócio do diretor José Padilha, Marcos Prado diz que Archer era seu “amigo de praia” no Rio de Janeiro. Em 2012, após muito tempo sem contato, o preso o procurou pedindo que fizesse um documentário sobre sua história. 
“Ele não quer ser lembrado só por ser o primeiro brasileiro a ser executado no exterior. Tinha o desejo de dar exemplo para jovens brasileiros que quisessem cometer a mesma irresponsabilidade dele, de levar drogas para fora do país”, diz.
O cineasta conversou com Archer por telefone há dois dias, quando ele já sabia que seu último pedido de clemência havia sido negado, mas ainda não havia sido divulgado que a execução estava marcada para este fim de semana. O jornal australiano “The Sydney Morning Herald” havia divulgado que sua execução será no próximo sábado (horário local). No entanto, mais tarde os jornais da Indonésia e também a agência de notícias Reuters divulgaram que será no domingo (também pelo horário local).

Numa gravação, ele manda um recado às autoridades brasileiras e diz que é muito difícil explicar o que está passando no momento.
Marcos diz que o amigo estava assustado porque, apesar de estar preso no país desde 2004, achava que não seria executado. “Ele sempre teve esperança, acreditava que alguma coisa positiva iria acontecer. Ele nem conseguiu dormir direito. Sabe que cometeu erro grave, mas acredita que merece uma segunda chance. Ele não esperava”, contou.


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