Antes de degolar a filha e tentar cometer suicídio, Vanuza Nascimento
deixou uma carta. Ela diz que ela e a filha vão para outro mundo e faz
uma lista de dívidas. Para o delegado Bruno Hitotuzi, a carta é mais uma
prova do momento depressiva vivido pela jovem.
Em entrevista ao R7, ele informou que Vanuza passava por um momento difícil.
— Um dia antes de tudo acontecer, a Vanuza procurou um psicólogo. Ela
estava muito depressiva e pode ter cometido o crime durante um surto
psicótico, segundo nos informou o profissional que a atendeu.
A morte da criança aconteceu na cidade de Lábrea,
distante 851 km de Manaus (AM), na terça-feira (21). Em seguida, Vanuza
cortou o próprio pescoço. Ela está internada em estado grave no
hospital público da cidade e deve permanecer em coma induzido nos
próximos dias.
Familiares disseram que a jovem havia dito na segunda-feira (20) que
tinha a intenção de matar a criança. Um tio que mora perto das duas
notou que a sobrinha não saía de casa. Ele entrou na residência e
encontrou o corpo da criança sobre a cama e Vanuza ainda com vida.
O delegado disse que Vanuza morava com um namorado, mas que ele estava
viajando no momento do crime. A jovem apresentava alguns hematomas no
corpo, o que levantou a suspeita de uma terceira pessoa envolvida no
crime, mas foi descartada.
— Além de cortar o próprio pescoço, ela tomou muitos remédios e pode
ter tido convulsões. Então, descartamos outra pessoa porque ela pode ter
batido em objetos.
Vanuza já foi indiciada por homicídio qualificada. Quando deixar o
hospital, a Justiça deverá decidir se ela vai para um presídio comum ou
cumprir medida de segurança em um local reservado para presos com
problemas psiquiátricos.
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