Conheça San Pedro Sula, a cidade mais violenta do mundo


A cidade de San Pedro Sula, em Honduras, tem uma realidade bastante assustadora: lá, são registrados mais de três assassinatos por dia. 



Aproximadamente dois terços da população vive em pobreza alarmante e traficantes de droga controlam a região, onde a ilegalidade se sobrepõe à Justiça.
Confira nas imagens a seguir o dia a dia da cidade mais violenta do mundo
Em 2012 foram registrados 1.218 homicídios em San Pedro Sula, uma média de três por dia. 

No ano passado, a agência de notícias Reuters alertou para o fato de que a economia de Honduras é uma das mais fracas da América Latina, onde quase 70% da população vive na pobreza. 

Para boa parte da população, só há duas opções na vida: viver do crime ou tentar a vida nos Estados Unidos
O tráfico de armas colabora para esse cenário: em San Pedro Sula, 70% das armas de fogo são ilegais.

83% dos homicídios na cidade são cometidos com essas armas. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse número é de 60%.

Homens armados controlam favelas e vilas, com plena consciência de que o trabalho da polícia é ineficaz e corrupto  

As gangues de rua, conhecidas como "Maras", se transformaram em crime organizado, enquanto traficantes de drogas vindos do México compram terras e recrutam seus próprios esquadrões de assassinos.

A Justiça parece um horizonte distante. Quase metade dos presos do país não foram condenados e espera-se muitos anos até mesmo para conseguir uma audiência. 
Os que de fato vão para a prisão não raramente morrem lá dentro, vítimas de esfaqueamento, tiroteio ou até mesmo

Apesar dos milhões de dólares investidos pelos Estados Unidos para profissionalizar a polícia do país, o Ministério Público de Honduras recebeu cerca de 150 queixas formais contra esse grupo de extermínio, apenas na capital Tegucigalpa. Pelo menos outras 50 denúncias foram feitas no centro econômico de San Pedro Sula.

A Universidade Autônoma Nacional do país, citando relatórios da polícia, contou 149 civis mortos pela própria polícia durante os últimos dois anos, incluindo 25 integrantes de uma conhecida gangue de rua do locaNo ano passado, o inspetor Juan Carlos Bonilla foi escolhido para liderar a força policial nacional, apesar haver perguntas sem respostas sobre seu passado. Em 2002, ele foi acusado de três execuções e ligado a mais 11 mortes e desaparecimentos que ele disse fazerem parte de uma política de "limpeza social" da polícia
Honduras teve uma tentativa frustrada de fazer uma limpeza dos policiais corruptos, após o envolvimento de parte deles no assassinato do filho de Julieta Castellanos, reitora da Universidade Autônoma NacionalEntre maio e novembro do ano passado, centenas de policiais foram submetidos a verificações. Até o final do ano, 33 deles foram afastados, mas o Tribunal Constitucional interrompeu esse tipo de ação, alegando que ela violava os direitos dos acusadosEntre maio e novembro do ano passado, centenas de policiais foram submetidos a verificações. Até o final do ano, 33 deles foram afastados, mas o Tribunal Constitucional interrompeu esse tipo de ação, alegando que ela violava os direitos dos acusados.




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